Artigo Científico por mim concretizado sobre Formação de Professores e as
competências pertinentes a este profissional, como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) 2009 UNNOVE.
Em 2010 tive a grata surpresa de
tê-lo publicado em um site de uma Clínica, que atende crianças com dificuldades de aprendizagem, em uma formação Dificuldades de Aprendizagem,abaixo citado. Assim, espero que também possa ser útil para quem por aqui passar.
PUBLICAÇÕES GPEC 2010
Interclínica Ribeiro do Valle Rua Goiás, nº 77 - Centro
CEP 37701-005 Poços de Caldas - MG
Fone: 55 (35) 3722-2793 Fax: 55 (35) 3722-
Verão de 2013, PROF.VERAMONTEIRO.
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ESTRATÉGIAS E
COMPETÊNCIAS PARA FORMAR PROFESSORES PROFISSIONAIS
Vera Lúcia Alves Monteiro Costa
Licenciatura em Pedagogia
RA
2108100167
Resumo:
Este artigo é baseado nas experiências construtivas de uma formação continuada
constante em minha vida e que hoje se constitui uma das questões mais
relevantes na educação. A idéia de pesquisar e descrever sobre Formação
Continuada, como um grande componente necessário à ação pedagógica é pelo
reconhecimento que essa prática tem mostrando na educação com eficácia, qualidade
profissional advinda dos adeptos dessa modalidade, com
afinco, determinação e não buscando apenas certificados, pois somente estes não
florescem as competências profissionais.
Palavras-chaves: profissão professor, formação
continuada, competências.
INTRODUÇÃO
Ser professor profissional/educador
é exercer um ofício, da mesma forma que um gari, engenheiro, advogado ou um
médico exercem. Cada um dentro de sua área de formação e especialização, assim
os professores também são profissionais. Mais ainda, os professores são
profissionais do “saber”, do “educar”, responsável direto junto com a escola e
a família, pela formação dos futuros cidadãos e profissionais. Nesse ponto de
vista, podemos até afirmar que os professores são profissionais sociais.
O professor educador é uma pessoa
autônoma dotada de competências específicas e especializada que repousam sobre
uma base de conhecimentos adquiridos através da Universidade e das práticas
profissionais. Ele sabe colocar suas competências em ação, estando pronto para
enfrentar e/ou adaptar-se a qualquer situação, sendo capaz ainda de refletir em
ação.
A formação recebida inicialmente,
“inicia” os professores no ofício, mas grande parte de seu profissionalismo
constitui-se progressivamente através de experiências práticas construídas por
eles próprios e formação continuada, que os fazem adquirir conhecimentos sobre
o que fazer e como fazer. Essas experiências e formação continuada podem ser
advindas por imersão no ofício, formação acadêmica, os estágios para observação,
leituras pertinentes, as iniciativas pedagógicas testadas e as inovações
constituídas dentro de sua rotina de trabalho e que darão apoio à construção
pessoal do professor profissional, seguidas da reflexão e da análise dessas
ações. Muitas vezes, a análise das ações pedagógica necessita do auxílio de um
formador, um tutor que serve como um facilitador da tomada de consciência e de
conhecimento, um mediador ativo que faça parte de alguma estratégia de
pós-formação.
OS “PROFESSAUROS”
DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Com referências no livro “Educação: a solução esta no
afeto” de Gabriel Chalita (2001) vamos descrever algumas posturas de
professores em sala de aula que nos remeterá a importância da próxima temática.
Professor arrogante: acha-se o
detentor do conhecimento. Fala de si o tempo todo e coloca os alunos em um
patamar de inferioridade. É um professor “aparecido” que gosta de se
vangloriar. Não permite ser questionado, não se empolga com as conquistas dos
alunos, só se interessa nele próprio. Podemos dizer que este tipo de professor
tem rejeição a si mesmo e sente necessidade de se enaltecer como se isso fosse
uma cortina de fumaça para esconder sua incompetência.
Professor inseguro: tem medo
dos alunos, teme ser rejeitado, não conseguir dar aula, não ser ouvido porque
acha que sua voz não é tão boa. Esse professor não sabe como transmitir os
conhecimentos pertinentes a sua área, começa a aula várias vezes. Tem medo que
a direção, os pais e os alunos não gostem de seu trabalho. Este é um problema
bastante sério, pois o medo muitas vezes impossibilita o crescimento
profissional. Esse professor precisa antes de tudo, acreditar em si e em seu
trabalho.
Professor lamuriante: é aquele
que reclama o tempo todo. Para ele nada está bom. Reclama da situação do país,
do Governo, da escola, dos alunos, dos professores, dos materiais didáticos, de
seus problemas pessoais, mas não faz nada para que a situação mude. Apenas
cruza os braços e reclama.
Professor ditador: este não
respeita a autonomia dos alunos. Trabalha como se fosse um comandante em
batalha e exige disciplina a todo custo. Não permite um pio em sua aula, grita,
ameaça. Este professor esta perdido na necessidade do poder e como não consegue
conquistá-lo o impõe.
Professor bonzinho: este faz
questão de os alunos perceberem o quanto ele gosta deles, fala de afeto o tempo
todo, traz presentes, força amizades com alunos. Os alunos que decidem a
matéria da prova, se a matéria estuda for difícil ele pede desculpas, faz o
possível para ver seus alunos felizes e faz questão de espalhar sua
generosidade. Muitas vezes este professor acaba sendo motivo de chacota dos
alunos.
Professor desorganizado:
aparece em aula sem a menor idéia do que vai falar. Não lê, não prepara aula,
não sabe os conteúdos e se transforma em um tremendo enrolador. Não faz
planejamento, inventa dinâmicas na hora, sem nenhuma preparação e nenhum
objetivo. É óbvio que precisamos improvisar algumas vezes, mas, ensinar somente
no improviso pode trazer sérias conseqüências na lógica da aprendizagem.
Professor oba-oba: é aquele
professor onde tudo é festa. Adora dinâmicas, projeta muitos filmes, faz os
alunos saírem constantemente da sala de aula para observarem algum fenômeno na
rua, no céu etc. A dinâmica é um recurso muito bom, mas não deve ser usada
sempre, pois os alunos sentem falta do nexo com a matéria que devem aprender.
Professor livresco: possui uma
vasta cultura mas não consegue relacioná-la com a realidade. Entende os livros
e não o cotidiano. Não utiliza dinâmicas, não muda o tom de voz, todos sabem
exatamente como começa e termina suas aulas.
Professor “tô fora”: não se
compromete com a comunidade, escola, não quer saber de reuniões, de preparação
de projetos comuns, de vida comunitária. Pode até ser um bom professor, mas não
evolui sua relação social nem o conteúdo interdisciplinar porque nunca está
presente.
Professor “dez questões”: reduz
tudo o que ensinou em um bimestre em um determinado número de questões. Hoje
possuímos vários recursos e os professores são dotados de criatividade para não
reduzirem sua matéria somente a algumas questões a serem decoradas.
Professor tiozinho: é o
professor que gasta suas aulas dando conselhos aos alunos. Trata-os como se
fossem seus sobrinhos, quer saber tudo sobre a vida deles e emite suas
opiniões. O professor tiozinho se sente um psicólogo e sempre diagnostica os
problemas dos alunos pois se sente qualificado para este tipo de trabalho.
Muitas vezes, esse tipo de professor pode causar constrangimento a alguns
alunos por expor suas vidas privadas.
Professor educador: este
professor é um profissional competente que sente paixão pelo ato de ensinar e
que não lhe cabe o título de “professauro” da educação contemporânea. Ele
conhece o universo dos alunos, tem bom senso, permite e proporciona o
desenvolvimento da autonomia de seus alunos, não discrimina ninguém, é um líder
que conquista o respeito de seus alunos e vê em suas mãos a responsabilidade de
conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos, de
formação de novos líderes. O mais importante, o professor educar é um líder
nato, não um chefe que abusa do poder para impor sua autoridade.
Para tanto, o professor educador precisa ser também
um pesquisador, pois o hábito de pesquisar lhe proporcionará um vasto conhecimento
que o ajudará a ensinar seus alunos e continuar aprendendo, adquirindo
experiências que só o farão crescer como um profissional competente e tudo isto
dentro da formação continuada que o libertará de velhos paradigmas e de ser
tornar um “professauro”.
PORQUE
UMA FORMAÇÃO CONTÍNUA PARA O PROFESSOR
Vamos iniciar este item, pensando
que a escola como um lugar onde se aprende, tem como corolário, a escola que se ensina; e se
ensinamos para alguém aprender.
Necessitamos
de atividades de ensino, ou seja, a preocupação com o que ensinar quem ensinar.
A formação contínua do professor nos parece requerer a partilha dos conjuntos
de saberes do espaço educacional que lhe permita colocar-se na busca constante
de conhecimentos que o capacite para a organização de atividades orientadoras
de aprendizagem significativas para alunos e que, em última instância,
concretiza o projeto educativo da escola. Por outro lado, a atividade de ensino
deve conter em si a formação do professor que toma o ato de educar como uma
situação problema, já que esta possui1.O elemento humanizador do
professor, a capacidade de avaliar as suas ações e poder decidir por novas
ferramentas e novas estratégias na concretização de seus objetivos, isto é, o
avançar do educando.
Hoje, por melhor que seja sua
formação inicial, o professor logo estará ameaçado pela desatualização e pela
inadequação frente às novas necessidades, se não acompanhar de perto o
desenvolvimento de teorias e métodos, inclusive de ensino e aprendizagem,
relacionados a sua área de especialização.
De acordo Paulo Freire (2007),
temos que ser professor “a favor da boniteza de nossa própria prática, boniteza
que dela some se não cuido do saber que devo ensinar se não luto pelas
condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o
risco de se amofinar”.
Se quisermos dar à escolar o
lugar e a função social que o momento histórico lhe resigna, será preciso dar à
formação continuada do professor um papel central nas políticas públicas para a
educação. Não se trata, mais, de proporcionar um complemento opcional ao
conhecimento que o docente traz de sua formação inicial; trata-se, cada vez
mais, de estabelecer a necessidade e, portanto condições para permanente (re)
elaboração dos saberes, querem nos cursos, quer na própria experiência
profissional.
A formação continuada visa não só
capacitar e atualizar educadores como também conscientizá-los da real
importância da educação continuada para qualquer profissional que queira se
manter hoje no mercado de trabalho.
As Universidades tem procurado
contribuir com seus conhecimentos para a implementação de soluções. Essas
instituições universitárias têm aprendido bastante, tomando contato com as
questões e os fatos dentro da realidade social em que emergem. Isso ajuda a
transformar a Universidade, trazendo para dentro dela as demandas para a
elaboração de novos projetos e de pesquisa e subsídios para reformulação de
seus cursos de graduação, auxiliando na formação de profissionais competentes,
cada vez mais sintonizados com a realidade em que irão atuar.
Um programa de Educação
Continuada junto com a rede pública de ensino, dentro da realidade e rotina de
trabalho do professor/educador, reflete confiança e expectativa no papel do
educador. Trata-se de um dos mais importantes agentes de mudança sociais em um
país de tantos contrastes como o nosso.
Os nossos governantes devem estar
atentos às políticas educacionais capazes de favorecer a formação permanente
dos professores e neste sentido deve-se considerar que a formação permanente é
uma necessidade para o desenvolvimento do processo educativo e do país, devendo
ser um direito do professor e uma exigência profissional. Porém, requer para os
professores condições profissionais adequadas de trabalho, inclusive salariais
e para os governantes deve fazer parte das políticas educacionais em todas as
instâncias que, por sua vez, deverão incluí-la em seus planos e designar-lhes
os recursos necessários e incentivos em todos os âmbitos até a participação do
professor em programas de mestrado e doutorado.
A formação é um fator fundamental para o professor.
Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação
continuada, ampla, com atualizações e aperfeiçoamentos. Grande parte dessa
formação continuada acontece no mais das vezes, não somente dentro da área de
especificação do professor, mas também
nos ensinamentos que trabalham com o comportamento humano.
DEZ
COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR
O assunto que vamos abordar é
baseado no livro “As Dez Novas Competências para Ensinar” de Philippe Perrenoud
(2000), onde o objetivo do autor é contribuir para uma formação de
representações cada vez mais precisas das competências que um professor
profissional necessita ter.
O autor justifica a importância
da competência organizar e dirigir situações de aprendizagem, pois organizar e
dirigir situações significa despender energia e tempo e dispor das competências
profissionais necessárias para imaginar e criar outros tipos de situações de
aprendizagem, que as didáticas contemporâneas encaram como situações amplas,
abertas, carregadas de sentido e regulação, às quais requerem um método de
pesquisa de identificação e de resolução de problemas.
Outra competência é administrar a
progressão das aprendizagens. A escola é, em princípio, inteiramente organizada
para favorecer a progressão das aprendizagens dos alunos para os domínios
visados ao final de cada ciclo de estudos. A progressão das aprendizagens é
freqüentemente limitada ao ano letivo e as decisões de progressão assumidas
pelas instituições decrescem em proveito das decisões confiadas aos
professores. A competência assume uma importância sem precedentes e ultrapassa
em muito o planejamento didático dia após dia.
Quando descreve sobre a
competência de conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação, a
autor descreve que, hoje a diferenciação é cada vez mais necessária. Todos nós,
professores, somos capazes de diferenciar em alguns momentos, nesta ou naquela
disciplina, tendo-se um pouco de energia e imaginação. Diferenciar significa
romper com a pedagogia frontal – os mesmos exercícios e as mesmas lições para
todos, mas é principalmente, criar uma organização do trabalho e dos
dispositivos didáticos que coloquem cada um dos alunos em uma boa situação,
priorizando aqueles que têm mais a aprender. Saber conceber e fazer tais
dispositivos evoluírem é uma competência com a qual sonham e com a qual
constroem pouco a pouco todos os professores que pensam que o fracasso escolar
não é uma fatalidade, que todos podem aprender.
A competência de envolver os
alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho discute a democratização dos
estudos e a motivação dos alunos em face aos estudos. Conceitua o ensinar como
um reforço à decisão de aprender. Ensinar também seria estimular o desejo do
saber.
A motivação não é
responsabilidade exclusiva do professor, mas ele é um participante ativo desta
motivação, e cremos que o aluno será motivado se as atividades de ensino
propostas lhe permitir encontram algum sentido, alguma coisa que crie neles o
interesse em se apropriarem do conhecimento proposto.
Trabalhar em equipe também é uma
competência e uma necessidade, ligada mais à evolução do ofício do que a uma
escolha pessoal. É uma questão de competências e pressupõe igualmente a
convicção de que a cooperação é um valor profissional.
Segundo, Perrenoud, saber
trabalhar em equipe é também saber não trabalhar em equipe, quando não valer a
pena. A cooperação deve apresentar mais vantagens do que inconvenientes. A vida
em equipe é de pequenos conflitos que, no entanto, a fazem avançar, se
resolvidos com humor e respeito mútuo.
Participar da administração da
escola é uma competência que não é exclusiva dos professores, pois não são os
únicos atores da educação chamados a construir novas competências. O pessoal
administrativo também deve aprender delegar, pedir contas, conduzir, suscitar,
caucionar ou negociar projetos, fazer e interpretar balanços, incitar sem
impor, dirigir sem privar. Tais competências, tais saberes de ação quase nunca
se desenvolvem espontaneamente, sem formação, sem procedimento reflexivo. Para
o autor, administrar uma escola é sempre ordenar espaços e experiências de
formação.
A comunicação entre professores e
pais não pode ser unilateral. É importante que o professor seja lúcido e
delimite o que julga negociável. Os professores devem ouvir debater e
possibilitar mudanças. Informar e envolver os pais na construção dos saberes é
também uma competência que o professor deve ter e não pode e não deve se
limitar somente a convidá-los a desempenharem seu papel na motivação do aluno
para levar a escola a sério, muito menos em envolvê-los apenas no trabalho
escolar, como por exemplo, participar de palestras, festas juninas,
comemorações, quermesses etc. Seria interessante que os pais adquiram uma
confiança de base no trabalho do professor e que juntamente com ele procure
caminhos que possibilitem o aprendizado do aluno.
Competência em utilizar novas
tecnologias e aqui, o autor convida os professores a pensarem sobre as novas
tecnologias da informação e da comunicação, uma vez que a escola não pode
ignorar o que se passa no mundo. É evidente que o professor não precisa se
tornar um especialista em informática ou programação, mas necessita ter um
conhecimento em alguns sofwares educativos que contribuem atualmente para o
aprendizado. Esta é uma realidade da qual não podemos fugir muito menos
ignorar.
Perrenoud quando nos fala sobre a
competência de enfrentar deveres e os dilemas éticos da profissão, nos alerta
que não se pode pedir à escola que seja aberta à vida, e ao mesmo tempo, fazer
crer que todos os adultos aderem às virtudes cívicas e intelectuais que ela
defende. A educação para cidadania não pode ser limitada a uma grade horária e
passa também pelo conjunto do currículo.
Saber administrar a própria
formação contínua é a décima competência referida por Perrenoud, que pode ser
útil, pois condiciona a atualização e o desenvolvimento de todas as outras
competências.
Em virtude dos desafios atuais,
todas as competências conservam-se graças a um exercício constante. Administrar
a formação contínua bem mais do que saber escolher com discernimento entre
diversos cursos em um catálogo é saber avaliar a si mesmo, sua formação, sua
atuação, seus erros e seus progressos.
As facetas do trabalho
pedagógico, as famílias de competências são construídas a partir do real, de
tramas conceituais e de pré-conceitos teóricos e ideológicos, elas não existem
objetivamente.
A responsabilidade da formação
contínua é do próprio professor e talvez seja um dos meios mais seguros e
confiáveis de profissionalização. O professor pode buscar no próprio processo
de ensino-aprendizagem a motivação e os porquês para querer apropriarem-se de
uma formação continuada com competência.
Segundo Terezinha Rios (2001), a
competência não é algo estático..., ou um modelo prescrito... Ela é construída
cotidianamente e se propõe como um ideal a ser alcançado... Assim, vamos tornando-nos
competentes, realizando o ideal que atende às exigências históricas, sempre do
contexto em que atuamos. A competência é uma construção coletiva, uma
competência que além de ser construída, é também compartilhada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ninguém se torna um professor perfeito, aliás, aquele
que se acha perfeito, e, portanto nada mais tem a aprender, acaba se
transformando num grande risco para a comunidade educativa. O conhecimento não
é algo pronto, acabado, como já relatamos, ele esta em constante construção,
por isso, inacabado, assim como nossa formação. Desta maneira, precisamos estar
em constante formação na busca de novas idéias, novas técnicas, novos métodos
educacionais que promovam tanto nosso aperfeiçoamento, quanto à conquista de
melhores condições para nos relacionarmos com os alunos podendo assim nos
adaptar a qualquer situação.
Acreditamos que nos dias atuais o professor precisa ser
mais que um professor, ele necessita desenvolver habilidades e competências que
vão além do que é aprendido nos cursos básicos de formação.
Por isto, é necessário que além do domínio teórico do
conteúdo ensinado o professor seja um profissional capaz de se adaptar e mediar
o desenvolvimento das aprendizagens, através das competências adquiridas ao
longo de sua formação permanente. Uma alternativa viável entre outras, é o
incentivo à participação do professor em programas de mestrado e doutorado, é a
possibilidade oferecida pelo Governo Estadual, porém, infelizmente somente aos
efetivos. Também tanto o Governo Estadual quanto o Municipal de São Paulo,
possuem um programa de formação ao qual o docente com encontros dentro de sua
rotina diária de trabalho, juntamente com a supervisão de um professor formador
(coordenador pedagógico), com uma metodologia que propicia condições de
reconhecer os recursos necessários à escolha de caminhos apropriados para
enfrentar desafios em sua atuação docente, buscando a resolução de situações
problemas dentro de sua realidade e dando continuidade a sua formação.
Assim, essa formação permanente cria condições para
questionamentos, visão sobre a prática pedagógica eficaz e a transformação
necessária. Esse professor/educador torna-se um participante pró ativo
multiplicador dos saberes do conhecimento amplo educacional que internalizou e
toma novos rumos em seu trabalho.
Precisamos de preparo, através da formação
continuada para ir ao rumo certo e alcançar os objetivos de nossa profissão
social. Espero, portanto, que a Educação Continuada permaneça desafiando
a escola em nome da atualização e da especialização dos conhecimentos que
(re)produz.
E que a ilustre frase de Leonardo da Vinci,
alcance a todos educadores que buscam a excelência, com competência e ética,
pertencendo ao grupo dos inovadores e não dos medíocres. “Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois de tua morte,
ele permaneça.”
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