Foto facebook e catraquinhalivreSe a música tiver a palavra mãe, pai, filho, irmão, não cante. Não cante. Se for de filho eu vou chorar, pois é difícil preparar seu filho pra vida, pronto a alçar voos, chegar a uma Universidade Federal, ter 23 anos, planos e em uma segunda-feira feira, fria às 18h deixá-lo lá enterrado e você catatônica. Por mim não pode e outras mães, irmãos, entes queridos também. Finjam solidariedade. Hipocrisia.
Vida cotidiana.Minha mãe morreu, meu pai me abandonou, uma tragédia aconteceu... Sou pequenino ou não. Não vou mais fazer festa de aniversário, não vou mais participar de formatura, não vou casar,... pois sofrerei ausências.
Não ter pai, mãe, perder o filho, o consumismo,... nos pertencem diariamente e não na data específica. Ah vai chorar na data. Quem dera fosse assim... Lembrar e doer só no data comemorativa. É pra vida toda . Aprende quem vive e quem é preparado. A escola pode preparar. É sua função social.
Se no Dia da Família tiver vontade de comprar uma roupa para este dia, não compre é capitalismo. Oh, tudo é "capitalismo selvagem" neste mundo globalizado.
Ensine prioridade dentro deste contexto e alcance de sonhos que só o dinheiro dá nas possibilidades que nos vem.Nós professores trabalhamos pro capitalismo vigente. É voluntário, é por amor, missão,...?! Não somos capitalista e na escola sou contra à Páscoa, mas compro aquele ovo pro meu filho, uso aquela roupa da melhor marca, meu carro me ostenta, quero e vou morar em lugares mais elitizados sim,...
Tudo me lembram pontos doutrinários que lá na frente são sucumbidos, pois o social e o real é quem comanda.
Um exemplo, O Dia do Índio. Se meu filho chegasse feliz de cara pintada, inserido em uma escola que seu Projeto Político Pedagógico contemplasse esse fazer consciente sobre essa sociedade e todo seu histórico e isto anualmente, qual o problema?!
Dia 20 de Novembro, minha filha chegasse de turbante, participou de uma discussão, peça teatral, dentro do que citei acima, qual o problema?
Eduque para a vida. Enfrentar desafios, saber dizer não, ser crítico, para viver o que nos pertence e não nos pertence agora e o que podemos conquistar.
Ensine solidariedade mesmo na festividade e demonstração de carinho, apoio, gratidão a quem te acolheu na ausência do outro e segue o jogo. Não coloque na redoma.
O mundo mudou, mas há sentimentos intrínsecos que não é a data, mas ela pode enobrecer e mostrar faces da vida.
Ah também repensem na Escola Laica quanto aos feriados. Façam petições... Vamos trabalhar pessoal! Vamos trabalhar! Tem que ser tudo bem feitinho. Até na Festa Pagã (Carnaval ). Calendário Escolar bota Feriado Dia do Saco Cheio. E o Calendário Popular segue enfrente. Nós não vamos desfrutar dias e dias. Aproveitar e usar do capitalismo vigente, viajar, ir ao shopping, um show...
O que li mostra um argumento de uma escola que manda e comunica e tá cheio de espaços assim, de cima pra baixo, pro lado, pra direita, pra esquerda...
Pergunto à escola: Fizeram uma pesquisa, discutiram com a comunidade escolar, seu entorno, pra saber suas opiniões e visão?! Óbvio que não.
Fazer um encontro sobre a Dengue faz parte do currículo, de atividade diferenciadas, de um fazer além dos muros da escola. Me traz outras atividades atrativas, ludicidade, lazer, pedagógicas junto a estas datas e em harmonia com a família no saber,...
A educação tá cheia de modismos de faz isto ou aquilo, mexendo no que não vai alterar nada.
Quero ver por o dedão em feridas graúdas e centenárias que nossos educandos carregam desde o ventre pela desigualdade social e aí então vai militar por direitos e deveres com prática e ensinamentos.
Agora se às datas não são trabalhadas pedagogicamente e banalizadas, falta formação ao Educador e até além. E aí vem outras questões a serem discutidas no âmbito da gestão e do todo em uma visão holística.
Na verdade vejo tudo como mais um mimimi. Tô esperando o próximo.
Outono de 2017 PROF.VERAMONTEIRO
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