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domingo, 11 de agosto de 2013

PATATIVA DO ASSARÉ

PAI LEMBREI-ME E MUITO DE TI!!!! 11/08/2013 PARABÉNS!!!!
TIO DORGIVAL também estás fortemente em meu ser!!!

Antonio Gonçalves da Silva 1909-2002 (PATATIVA DO ASSARÉ)
Ceará-Assaré

Terminei de ver o filme Patativa do Assaré Ave e Poesia, oportunidade muito rica que a PMSP-SME (Prefeitura Municipal de São Paulo-Secretaria Municipal de Educação), oportunizou e que será transmitida ao nossos educandos do Ceu São Rafael, seu entorno, comunidade, no período entre 27/08/2013 e 06/09/2013, com um acervo denominado, 1ª Mostra de Cinema Nordestino nos CEUs de São Paulo” nos quais outros filmes também serão compartilhados e discutidos e havendo possibilidades socializados neste espaço.
Quanto mais entro no mundo dos Nordestinos, mais minha alma nordestina, por ascendência genética e de convivência, me impressiona, me traz enorme adimiração, sentimento de  pertencenter a este povo de fato e direito com muito orgulho.
Assisti a obra de Antonio Gonçalves da Silva, o nosso brasileiro, nordestino, o qual o nome artístico é PATATIVA DO ASSARÉ, me remete a esta cultura popular, com pessoas rica em esperança, busca de superação aos intempéries e mazelas sociais que não faz deste povo um sujeito amargo, mas o desperta para um caminho de possibilidades, dentro de uma criticidade que o faz enxergar a beleza da vida nas crianças, na natureza, na esperança de dias melhores, de liberdade, de igualdade social, como este grande homem deixou em seu legado.
Patativa do Assaré, matuto de uma sabedoria poética e matuta e erudita, onde a poesia popular e épica se constroem através da universidade rural de vivência, que extrapolou as fronteiras geográficas, dentro da Literatura de Cordel e Cultura Popular, é ricamente impressionável. Poesia que fala com a alma de todos nós, povão, formigas que podemos transformar este mundo e derrubarmos este dois Brasis, sendo um de cima e outro de baixo, onde se revela a gritante e sofrível desigualdade social.
É a sabedoria reconhecida pelo ditos doutores das letras, talvez até inimaginável para alguns que se julgam sábios pelos diplomas, pelas horas e horas em cadeiras universitárias.
A sua sabedoria foi construída na leitura, leitura de mundo, leitura dialógica com o outro, com o seu olhar para a realidade, pelo seu grito contra as injustiças, pela simplicidade do sertanista, lavrador, que ouviu e falou ao povo e tudo com apenas 6 meses de escolaridade me remete a repensar o quão importante é ser despertado para a poesia, para a leitura desde a mais tenra idade, assim como foi Patativa do Assaré quando aos 8 anos ouviu uma poesia em literatura de cordel.
Falar de fome, de partida, de momento e movimento histórico político e social, da Amazônia e seu descontentamento com a invasão e destruição humana, “Coisas do meu sertão”, poesia de cunho social e transformação social, de liberdade, de simplicidade humana, fraternidade, felicidade na mais profunda consciência de que não se é preciso muito, de compreender o mundo, de fazer parte deste sem ser necessariamente um poliglota, entre tantas outras falas e escritas deste grande homem, me impressiona sensivelmente e me reafirma: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” Fernando Pessoa.

INVERNO 2013, PROF.VERAMONTEIRO.
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